Olá, a Dani já fez as “honras da casa” no post anterior, então vou falar, bem rapidamente, sobre mim. Sou estudante de jornalismo e posso me considerar um apaixonado por essa profissão. O “Caixa Alta” foi uma idéia que tive junto com a Dani para podermos escrever e comentar as notícias que, em caixa alta ou caixa baixa, preenchem os meios de comunicação, seja na TV, rádio, jornal, revista ou Internet. A minha intenção no blog é tentar trazer sempre o “bastidor” da notícia. Como ela deve ter sido produzida e os reflexos dela. E é com esse objetivo que eu começo o meu texto nesta segunda-feira, dia em que vou falar dos noticiários do fim de semana.
Um furo de reportagem é sempre motivo de grande comemoração para um jornalista. Nesse fim de semana vimos um do caso que está chamando a atenção de toda a mídia nacional, a entrevista da mãe da menina Isabella, Ana Carolina Oliveira, ao “Fantástico” da TV Globo. Quem assistiu à entrevista pode não ter parado para pensar, mas imaginem a quantidade de vezes que a jornalista Patrícia Poeta deve ter insistido com a mãe de Isabella para que essa entrevista acontecesse.
Tudo aconteceu melhor do que o esperado. Propositalmente ou não a entrevista foi ao ar bem no dia das mães, e dois dias antes da decisão sobre o pedido de habeas corpus do pai e da madrasta da menina ser divulgado. Penso que o trabalho da repórter Patrícia Poeta neste caso deve ser mantido como uma aula prática de jornalismo. Uma aula de como cativar e conquistar a confiança da fonte, já que durante a entrevista vimos a jornalista comentar das inúmeras conversas que já havia tido com Ana Carolina.
Confesso que fiquei com receio que a Patrícia Poeta se emocionasse no meio da entrevista, um “erro gravíssimo para o repórter”, como eu mesmo já ouvi um professor de jornalismo explicando. “Erro” esse que já foi cometido inúmeras vezes, inclusive por jornalistas famosos e bem conceituados.
No ponto de vista comercial um furo de reportagem, principalmente no caso Isabella, é extraordinário. Segundo dados do Ibope, veiculados no portal “UOL”,a entrevista com Ana Carolina de Oliveira rendeu ao “Fantástico” rendeu um pico de 43 pontos no Ibope, sendo que a média é de, geralmente, 28,2 pontos. Só para se ter uma idéia, cada ponto no Ibope significa cerca de 55,5 mil televisores da Grande São Paulo.
No fim, quem ganha com o furo de reportagem é o espectador, que nessa intensa concorrência jornalística é beneficiado com informação ágil e de qualidade. Não importa o veículo onde a notícia é veiculada, o que vale é que o espectador foi atendido. Daí sim podemos dizer que a imprensa cumpriu o seu papel.
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